Quem sou eu?
Essa dúvida não traz respostas, mas uma revelação: se me questiono, é porque não sinto que pertenço. É um sentimento incômodo, que causa estranhamento. Toda a minha vida parece ser uma grande aventura por decifrar essa resposta. Cada relacionamento, situação ou sentimento apenas reflete essa pergunta que de maneira muito profunda se repete na mente:
A quem pertenço?
Dúvidas e mais dúvidas se multiplicam e ramificam, nos levando cada vez mais distante da fonte de todo entendimento. Deus não acredita na dúvida, portanto, não responde. Ele sabe que essa pergunta é em vão e que tudo o que vem a partir dela não deixa de ser uma ilusão. É aqui que a sensação de solidão toma conta... mas apenas porque não estamos sabendo interpretar o silêncio de Deus.
Buscar por respostas é tornar essa dúvida real. Se eu me questiono é porque acredito na separação. A dúvida então se mostra apenas um reflexo da crença. Procurar por respostas é continuar afirmando que não pertenço e isso só pode gerar mais e mais sofrimento.
O reconhecimento do que já é não abre espaço para pontos de interrogação. É nessa certeza que a verdade descansa, esperando na eternidade o momento da revelação.
Um simples “eu sou” é tudo que temos. Confiar que Deus criou o Perfeito é duvidar dos próprios questionamentos. Negar o falso para deixar a luz brilhar.
Não há espaço para dúvidas quando reconheço que sou Um com o meu Pai.
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